terça-feira, 23 de setembro de 2008

escorregam por entre as vozes de um mundo barulhento....

-Hoje, as palavras tão me sufocando...
me agonizando...
tão querendo sair gritadas....
querendo sair trocadas..
brigadas...
as palvras estão embaralhadas..
e me fazendo trocar as pernas...
me fazendo errar os caminhos..
me fazendo mudar de idéias...
fazendo chorar.
e gargalhar...
até perder as palavras...
até não mais achá-las...
nem mais enchergá-las..
e ficar em silêncio...
profundo...
daqueles que só os mais prazerosos momentos podem pensar em nos trazer...


-´Nem as perguntas que fazemos ao mundo ou ainda as tolas respostas que receitamos aos ouvintes fantasmas de nossos sonhos fazem sentido agora. A beleza deste momento está na poesia de ficar em silêncio num mundo de sons emburrecedores, como quem cria nos ares de uma noite de verão e dorme docemente com as janelas abertas no murmúrio leviano dos dias ensolarados. `

- Já não me cabe mais uma beleza qualquer.
Não me completa mais apenas uma linda poesia...
Os sons emburrecedores querem sair de mim e me sinto incapaz, agora, de silenciar-me diante estas surdas crianças que fecham os olhos para não se queimar nessa noite ensolarada.
Essas crianças... tropeçam em suas próprias palavras....em seus próprios desenhos...lutam pela beleza desse momento..mas esqueçem de olhar nos olhos daqueles que estendem as mãos pedindo apenas que nossas lutas lhes tragam calor...e que lhes encham a barriga de um silencio emburrecedor...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Este texto não prega a imobilidade!! caso você interprete mal...

Existem meios e princípios diferentes de se desligar do que existe de real ao redor de nossos olhos. As formas nem sempre são necessárias e negá-las, negar o concreto dedicando-se apenas ao abstrato interior do conhecimento de si mesmo pode ser um destes meios ou um destes princípios. A negação pode, entretanto, ser uma urgente necessidade de fuga inconsciente, excluída de qualquer criticismo, infantil e desprovida de auto-conhecimento, como anda acontecendo em todas as partes.Fecho os olhos e as utopias aparecem. Fecho os olhos por revolução e não por medo. Não existe fraqueza alguma. Simplesmente os olhos se fecham e o corpo luta para continuar sendo ele mesmo ao invés de se juntar aos amontoados de carne que desfila sobre os ruídos ofuscantes das luzes de neon.

(retirado do blog: amortedegregorsamsa.blogspot.com.br)

sábado, 13 de setembro de 2008

Alice no país dos espelhos

..."Era o Assador e os Sacalarxugos
Elasticojentos no eirado giravam;
Miserágeis perfuram os Esfregachugos
E os verdes Porcalhos ircasa arrobiavam"....