sábado, 17 de outubro de 2009

pensamento rarefeito

Minha garganta secou. 

Sem piscar, senti meus olhos ficarem brancos, até que um vazio homogênio de sossego engolisse minhas angustias.

Procurei sem querer, palavras inaudíveis  no oco da minha cabeça.

Coladas ali, asfixiaram-se ate os ecos do vento entrarem por portas e janelas abertas.

nuvem saindo pela boca.

pálidos dedos indescritíveis camuflados pela neblina,

que invadiam os poros de um corpo calmo que respirava nu e leve.

Sem som, sem traço.

desisti rapidamente de buscar sentido a oração alguma

e me afoguei profundamente num desconexo sonho real.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

tropeçando pelas bandas...


.....cruzando Ipiranga com Av.São João

Lembro bem do dia em que falei em alto e bom tom que não voltaria tão cedo pra essa cidade.
E me diziam que ia sentir a falta daqui; pelo tão grande tamanho coberto de tantas coisas a fazer.
E caminhei sem nem espiar pra trás.
A garoa certa dos dias sempre frios pararam de atrapalhar meu bom humor de dias comuns.
Um emaranhado de gente tão igual no caminhar,
que olho algum perceberia sutis diferenças de ser em ser.

Sem querer tropecei por essas bandas novamente...
Garoando gelado, um constante vento passou o dia me cutucando.
Remoendo um oco sentimento por essas feias ruas.
Consumi tudo o que pouco trouxe...
Do dinheiro, ao bom humor.

Quero fugir daqui antes de ir embora.
quero o calor do meu coração de volta.
quero respirar um pouco de ar.
pra só assim meu humor poder voltar...


domingo, 6 de setembro de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

pescador de estrelas...

Sentou-se ofegante no alto pedaço de rocha buscando a pureza.
Olhos livres á sentir a brisa fresca dançar com os pedaços de nuvens.
boca salgada pela maresia, costas cansadas pela caminhada naquela montanha distante do mar...
Olhando pra aquele pôr-do-sol, para as ondas contra a luz, viu sua beleza e delicadeza. ...proporcionando um sentimento de extraordinário deleite...
A busca pelo silêncio ali alcançado une-se à sensibilidade repleta de liberdade.
E vai olhando o movimento do rio tão cheio de lua que continua correndo pro mar...
Se enluarando de felicidade!!
imensa cor púrpura do bom tempo;
Reflete uma suave melodia n´alma daqueles que vivem nesta harmonia.
Bonito é o compasso do silêncio rimando com os cantos da natureza!

remando leito abaixo
foi se desmanchando
virando peixe
virando concha
a se misturar à prateada areia
com a lua cheia
na imensidão do mar.

terça-feira, 18 de agosto de 2009



lisandrodemarchi.com.ar

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Treme o alto sino ao meio dia em ponto em cada ouvido que trabalha sob sol nesse escaldante dia; mãos sujas esfregam o suor gorduroso das testas dessas humildes pessoas. Barulhentos embrulhos de pacotes mornos saciam parte de uma fome sombria.

Soa o apito do moço no alto, arregalando os olhos a chibatar:

-Corram, Corram seus pobres infelizes,
tem mais horas pra trabalhar.
Estou com fome de dinheiro...
silêncio que vou descansar.....

Nesse dia pararam de trabalhar
E encheram o peito pra gritar:
-Fume de uma vez o cérebro do que resta dessa amargura carnavalesca que é morrer de penar.

E uma nuvem cobriu o sol que lascava o dia.

e parece que você anda sozinho...

Não sei se o mundo imagina o que acontece aqui, não tem como imaginar...
Vi dezenas de pessoas morrerem por inanição, ficarem dias sem comer ou beber água, expostos ao tempo, feito bichos. O cheiro desse lugar é medonho. As chaminés despejavam uma fumaça acre de carne humana sendo queimada.
Mas continuo sob esse céu...muros, não posso pular.....pedras, não posso jogar....paredes não vão me escutar...paredes vazias de alguém. Minha casa é aqui? Minha terra é aqui?!? Muros, pedras, cercas, arames, farpados em farpas de gente.
Olhos saltados, mãos para o alto, estou na rua com fome, hei homem, não aponte esse dedo assim sem quê nem pra quê, não atire em mim, porque? Preciso sonhar...não atire é o fim! Mas o que restou das lembranças...hei homem, o que sobrou das esperanças? No centro vim morar pra perto da cidade ficar, mas o que aconteceu?; a cidade mais longe de mim ficou!!!!queria gente, gente, e entrei nessa guerra fria, eles passam pra lá e pra cá, e eu continuo aqui...e parece que você anda sozinho numa cidade de vinte milhões de habitantes e ninguém tem um lenço pra você....

terça-feira, 4 de agosto de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

de Mario Quintana

Fere de leve a frase...
E esquece...
Nada convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

auto-reflexo

Pode até inutilmente fechar as pálpebras que cobrem teus olhos, que elas tratam de refletir tantas imagens em seu pensamento que quanto mais esforço faz para tentar por horas apagá-las, mais longe as imagens deslizam, emaranhando-as numa muda teia, dentro de si. Teia essa tecida por ti, a cada célula que se renova.

Cabe entrar em si. Oras pra sentir a dor dum silêncio assustador, oras se atentando àquele simples prazer que se esconde lá atrás de cada empurrar de dia.

Na escuridão, frágil são aqueles que não se atentam ao som do vento das asas de uma mariposa...

Aguçado gosto doce das águas da cachoeira.


Não basta fechar os olhos pra tentar entender tua mutação.

Sentir esse extraordinário movimento da vida requer maturação muda.

Atento aos prazeres que cabem somente no reflexo de você.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

...Olhar pra aquele pôr-do-sol no mar, para as ondas contra a luz, e ver sua beleza e delicadeza- isso proporciona um sentimento de extraordinário deleite......

domingo, 31 de maio de 2009

Recortes mudos.

...o som das batidas de cada rima
No papel revelam com clareza a agonia dos suspiros silenciados.

Pálido é o cheiro das palavras mortas.
E a ausência de gritos sufoca velhos encantos.

Ao apertar os olhos sinto o orvalho frio enferrujar as rugas talhadas pelo calor infernal dos raios.
Vejo o gosto do orvalho se destruir ao impactar bruscamente com a terra seca que pesam meus pés.

Esvaeceu certo prazer de mim pra alguma direção sem sentido algum.

Vejo-me numa espontaneidade premeditada.
Onde com leve rispidez meu corpo se fantasia num misterioso esconder de sensações prazerosas.
Disfarço na multidão verdades somente vistas dentro de paredes vazias de outro alguém.

A borda de uma terra lotada perde a fértil beleza quando um forte vento leva ao longe as folhas caídas das poucas árvores quaisquer.
O fogo das matas sufoca o silêncio dos inocentes...
E aquece meu prazer lascivo em percorrer os dedos e as mãos pela pele macia no meu pensamento.

Pela janela entra a brisa embaralhando meus recortes...
Palavras acumuladas de pó como migalhas caídas ao chão.
Compô-las requer maturação muda.
Meticulosamente retiro o pó da razão.
Decompõe-se a emoção.

Cautelosamente espero a sinceridade penetrar meus seios nus.
Ler-te as palavras num ritmo de soluçar lhe confundiria a razão.

Colo pedaços de sol num dia chuvoso...
As estrelas caducas riscam o céu limpo.
Ouço o riso da flor que desabrocha sem espinhos.
Sigo o rastro de aroma da noite...

Até a iluminação do ambiente parece diferente só pra me provocar.
O som se torna distante
Me pego perdido divagando
E quando tento decifrar meus pensamentos.
Já se foram. Perderam-se num mundo desconexo sem sentido.
Mas assim, sinto-me vivo. Pela incerteza da busca por sei lá o que.

Querer romper as pré-idéias a mim concebidas
Prisões falsas do passado.
Padeço a alegria fruto da presença.
Apego a tristeza oriunda da distância.

A saudade da criança.

Como qualquer cão sem coleira.
Fareja a vida...
sem rumo nem beira.

terça-feira, 7 de abril de 2009

-Mundo-Cão- dos deserdados

´Todo dia tem seu amanhã.
(o amanhã sem fé?)
pé de chinelo.pé no chão.
bicho de pé. ração da ralé.

Da mesma forma que
as condições se modificam,
o homem também se modifica´

café requentado.
(rápidos engolem fast-food)
generosos visam
as crescentes flutuações do câmbio.
enquanto o não-farto
requenta o pão-quarto
com salame (se come)
e sonhando dorme.

a moenda esmaga
a cana plantada
em terra de gerente,
capitães, banqueiros
sultões...
meus pêsames
ao pequeno mundo
de tantos cidadãos-menos.
gado-gente. sub-servis.
ônus. o povo sem lugar marcado na economia do mercado.

o muro
escorrega pra direita
esmaga a polícia
des (conversa).

gerir sozinho a si?
nessa rua não anda auto,
dêem as mãos aos desempregados.
de pé. vá a pé.
o problema é mais em cima.
é de cunjuntura.
converse socialmente
( não sobre o social),
deixa isso pra estatística.



um mundo que simplesmente nada mude.
que dure pra sempre
onde nada dura.
só os duros guetos
sem-saída.


-mundo cão-dos deserdados

deus-sistema exclui o mundo dos coitados.

quinta-feira, 26 de março de 2009

a esteira

A fantasia de se ver livre
Dia-a-dia se entorpece na real existência.

Um sistema de opções, opções, opções....
E a escolha?
Restringido à um único Universo.
NADA PARALELO!!!

Marcados, os mercados deTERMINAM a hora da sua morte!
Lhe oferecem o que consumir...
Em inúmeras opções: cor-de-rosa,de-laranja, de verde limão...
Diversos padrões a escolher...

Sintaxe a vontade...
Qual o gosto da tua individualidade?
- Que não seja só sua... esta está em falta no mercado!!!!
De individualista, aqui, só o discurso....
Personalizado... só pra você!
Que é diferente!!
O melhor!
O mais bonito!
O mais inteligente!!

Suba aqui e junte-se ao teu grupo preferido!
Escolha um rótulo....
Um símbolo...
Passe na esteira e SEJA DIFERENTE!!!
Assim como nós!
Aqui, você é o produto livre pra sair no seu mercado!!!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tem dia que o vento não curva e o tempo não muda.

Hoje, fui rastejando minhas solas até o alto da montanha.
Desviei poças de suor e mijo esparramadas pelo chão.
Não pude nem olhar o sol, porque a ardência penetrava minha impaciência.
E sorrindo por fora, desgostava o que os olhos abertos sentiam.
Por instantes, me senti capacitada de entender todas os movimentos ao redor de mim.
Aflitamente liguei as vidas ao meu redor como um jogo de pontos, onde os traços facilmente se juntam, formando uma imagem certa.
Sem nuvens, a chuva não me traria refresco como em dias atrás.
Sentia a garganta seca arranhando meu pensamento.
Fui procurando traços, relacionando os fatos. Sentia o lixo esmagado no meu sapato.
Reparei em alguns pés, desviei os olhares de súplica nos becos e fui me sentindo mal por tropeçar em tantos vivos.
Olhei pra dentro, e me despi daquele vício.
Não queria pensar em nada, sentia meu corpo uma migalha em que os pombos rapidamente devorariam.
Peguei um ou outro olhar seco derretendo meu corpo.
E meu raciocínio parou.
O calor derreteu meu caminho, derreteu minha boca, fez dos meus olhos um feixe de luz que penetrou nas pulgas daquele cão faminto que me seguia a horas.
O cão comia as migalhas que caiam de mim... Meus cabelos se desfazendo...minha memória se apagando...meus desejos irrealizáveis naquele momento.
E aí vi que todo mundo dobra todo meio dia na mesma esquina.
Mas hoje eu me perdi...
Reparei tanto nas pedras do chão...
Que passei pra lá do meio dia em vão...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

" É bom quando nossa consciência sofre grandes ferimentos, pois isso a torna mais sensível a cada estímulo. Penso que devemos ler apenas livros que nos ferem, que nos afligem. Se o livro que estamos lendo não nos desperta como um soco no crânio, por que perder tempo lendo-o? Para que ele nos torne felizes, como você diz? Nós seríamos felizes do mesmo modo se esses livros não existissem. Livros que nos fazem felizes poderíamos escrever nós mesmos num piscar de olhos. Precisamos de livros que nos atinjam como a mais dolorosa desventura, que nos assolem profundamente – como a morte de alguém que amávamos mais do que a nós mesmos –, que nos façam sentir que fomos banidos para o ermo, para longe de qualquer presença humana – como um suicídio. Um livro deve ser um machado para o mar congelado que há dentro de nós. "
Franz Kafka

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A luz que estampa teu céu,
te chama pra sair.
Assim como a lua que acaba de se desprender do outro lado do mundo até aqui.
brilha solta, que nem ébrios esparramados pelos lixos urbanos.
Levemente as nuvens vão estancando cada som ensurdecedor que o vento insiste em trazer.
Teus olhos não enchergam cada esbarrão que teu tropeço causa.
Mulas de pé saciam os olhos em cada saltitar de tamborins.

As luzes berram aos ouvidos de nossos pés, que não param de dançar.
Mexem-se sem pensar.
O ano mal começou, desprenda-se, a festa apenas começou!!
Ta aí o ébrio som da diversão; tantos copos na mão.
recicla o ano todo.
`dê-me um beijo em tua mão´
Fuja.sem precisar resistir.
esparrame-se profundamente por essa superficialidade.
acompanhe o maestro..

Já são meia dúzia de três ou quatro horas.
brincadeira sem fim.
teus pés rimam com teus braços cruzados.
O vento quebra teu copo por dentro;e acorda da brincadeira que nada é sofrimento.
tropeça no bêbado,chora por dentro...
..Vai pra casa remando enquanto ainda tem lua no vento...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

te inventarei

pro gregor...



por mais sinceras que parecam;
que sejam
as tuas
(as minhas)
palavras.

mesmo te vendo nu;
transparente e puro.
eu te inventarei.

te inventarei dentro dos meus olhos
de meus mais loucos sonhos.
por toda a minha muda vida
a cada tua oscilação de humor
te inventarei.
te amarei
assim sinceramente.

por mais meia lua que seja
mais brilhantes estrelas que estejam no nosso céu,
por mais que elas descam e dançem
e por mais que eu cante as musicas que você não queira ouvir
inventarei você e eu
sinceramente em palavras
nos atos de cada amor
no puro ar de cada silêncio

devagar, entendendo que o amor é inteiro.

meia lua, meio dia...tudo por inteiro.
o amor é seu,
sou eu
que ama você inteiro.
te inventarei
a cada sofrido acordar sem cor
a cada alivio ao deitar sem dor
mesmo que em um dia,não (me) queiras
mesmo que não (me) desejes
te desenharei

nas situações em que estiveres presente
nos tristes momentos de tua ausência
no silêncio estúpido de quem engole a dúvida
na falação inócua das discussões banais

eu te inventarei.
desde que nasci em ti
durante todo meu existir
em ti

sériamente feliz.

pois no mundo
a mentira pode ser tão bela
e necessária quanto a arte
aqui na terra,
assim como o homem fez com deus...
eu te inventarei

mas não o faço
-nem nunca farei-
nem mentir por bem.

pois em mim,
já és perfeito assim
por ser si só.
em ti
e por isso mesmo
pelas características da tua personalidade
por mais interinstigante que seja(e é) tua realidade

com um pouco de egoísmo
forma de defesa pingo de vaidade

por todos os motivos que já não sei dizer

amo você

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009




“Numa época em que os espíritos generosos e arrojados tentam transformar seu ideal de justiça social em realidade objetiva, as nossas ambições não se limitam a conquista do pão, do vinho e do sal. Queremos conquistar tudo o que é necessário à vida humana e até mesmo a utilidade que forma o conforto da existência; queremos a faculdade de poder assegurar a todos os homens e mulheres a plena satisfação das suas necessidades e dos seus gozos.” Elisée Reclus, prefácio para Kroptkine em ´A conquista do Pão`

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A ponte é aonde chove o rio embaixo dela.

A ponte vai de dia;
Ainda fim do sol
Que bate na mão da menina,
Que alivia o dia sentindo o vento
que arrasta a nuvem grande
abrindo espaço pra luz deitar no chão do mar.

É bonito o sorriso do dia;
Ver miúda a cidade grande
Cada vez mais pequenininha
Vendo de longe a tal casinha.
Correndo por cima da ponte,
Bonita a ida de dia.

A ponte vem de noite,
Fim do dia.
Sorriso da menina
Crescendo com a cidade que vê
Chegando de volta ,
Sentindo o vento frio batendo
Na mão que busca somente silêncio.

Toda a montanha que ta escura
É bonita por ser floresta.
Mas bonito é ver a montanha de longe
Brilhando cada lampadinha
Iluminando a cidade ainda pequenininha.
E a mão vai estirando
buscando cada estrela que ta brilhando...

E quando acaba a ponte
Fica triste a menina.
Acabou mais um dia...
Fecha os olhos e ri,
Lembra da ponte de dia....

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Há noites, em que o cheiro de sandalo nos asfixia,fazendo-nos comprimir os olhos até cerrá-los. Lágrimas de desespero ao ouvir silenciar os gritos fracassados daqueles que não dormem...ao amanhecer, um grito ensurdecedor nos arrebata de profundos sonos;
Sem nos esquecermos dos prazeres que nos envolta, assistimos a carne embrutecer ao som de músicas silenciosas. Uma dança, em que a cada ruflar de pés, a poeira levanta, escondendo emcabuladamente qualquer sorriso, capaz de sensibilizar as forças interiores.
Os vermes, crescem, com clareza e enraivecem a cada grito de ordem...gritam para que se construam muros; Mal sabem, que seus dias estão contados...pois há quem baile diferente, há que sussurre gritos contrários para a destruição...um dia...cada verme amanhecerá preso em sua própria porta, e sangrando, não lembrão que atiraram suas chaves ao curso do esgoto, com medo que alguém os tirasse de lá.
os muros, cairão...e todos os vermes dormirão eternamente no inferno.

domingo, 4 de janeiro de 2009

tratamientos para el fin de la má educacion

Hay que mojar las semillas así que ella deita en la tierra...
Todos los hijos hay que saber de eso, pero son millones, nascidos de tantas bocas mudas, hijos de tantos padres ciegos,que ni adentro de las florestas,ellos aprenden a sentir los más magníficos habitos que las frescuras de sus bosques tratam de traer...
Tratemos, nosotros, de nunca desarmonizar la naturaleza...para podermos sentir da libertad que el odor del cultivo trae en nuestros corazones.
Llevemos para los chicos urbanos, la importancia de conocer el solo que pisamos, el rio que nos bañamos, los vecinos que viven en nuestros lados...Llevemos ellos a los campos, para mostrarlos como lá tierra roja embebece el água distintamente como aprenden en las classes sobre rios lejos que secan por la devastacion de esta eterna ambicion animalesca...
Mostremos a los chicos rurales como lás árboles que ellos plantam, tratam de tornar la brincadera en los rios, más hermosa...tratemos nosostros, de unir el mundo...transformando toda la tierra un cultivo por igual..
Adonde los animales, no tengam que sofrer...y los animales humanos...tratem de viver...en unida felicidad.