Minha garganta secou.
Sem piscar, senti meus olhos ficarem brancos, até que um vazio homogênio de sossego engolisse minhas angustias.
Procurei sem querer, palavras inaudíveis no oco da minha cabeça.
Coladas ali, asfixiaram-se ate os ecos do vento entrarem por portas e janelas abertas.
nuvem saindo pela boca.
pálidos dedos indescritíveis camuflados pela neblina,
que invadiam os poros de um corpo calmo que respirava nu e leve.
Sem som, sem traço.
desisti rapidamente de buscar sentido a oração alguma
e me afoguei profundamente num desconexo sonho real.