sexta-feira, 17 de julho de 2009

de Mario Quintana

Fere de leve a frase...
E esquece...
Nada convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

auto-reflexo

Pode até inutilmente fechar as pálpebras que cobrem teus olhos, que elas tratam de refletir tantas imagens em seu pensamento que quanto mais esforço faz para tentar por horas apagá-las, mais longe as imagens deslizam, emaranhando-as numa muda teia, dentro de si. Teia essa tecida por ti, a cada célula que se renova.

Cabe entrar em si. Oras pra sentir a dor dum silêncio assustador, oras se atentando àquele simples prazer que se esconde lá atrás de cada empurrar de dia.

Na escuridão, frágil são aqueles que não se atentam ao som do vento das asas de uma mariposa...

Aguçado gosto doce das águas da cachoeira.


Não basta fechar os olhos pra tentar entender tua mutação.

Sentir esse extraordinário movimento da vida requer maturação muda.

Atento aos prazeres que cabem somente no reflexo de você.