sexta-feira, 23 de julho de 2010

O futuro é mera hipótese.

Simplesmente vagando muda de in-certa forma à rumo algum.
O mundo rodopia e a vida subjetiva e metafísica ri de mim.
Mente bem longe do meu interior aguardando um chamado a se manifestar e dizer o que preciso ouvir.
Fios que me conduzem aqui, correm pra formar um som, para colorir e zomzear minha cabeça.
A paisagem permanece estática ao meu tempo;
Em meio esse exílio que é o silêncio, sem querer desconcerto meu corpo, embaraço minha mente, passando como tantos outros pensamentos rarefeitos que se embaralham num vento que quer me levar daqui.
Enquanto escuto meu silêncio bobo, minha desconexa fala, meus obtusos sentimentos, meu querer absurdo (supostamente um abuso), aos poucos desaprendo a ser tudo o que já fui; o que ora caminhava rumo-certo, viram cenas de um filme que eu ainda não vi.
Mas continuo cá,calada, erguendo toda uma vida sobre esses enormes pés calejados, esperando um vento que venha contra mim, derrubando esse corpo escorado num futuro hipotético.

Simplesmente rabiscando sem motivo, disfarçando um coração enlatado, caindo sobre mim letras do passado.

Estranho se sentir assim?Estranho é nunca ter se sentido assim, isso sim.

sábado, 17 de julho de 2010

luz de velas

..e daí, depois de um silêncio arrebatador,
ela senta pra escrever...
e a luz acaba...

´volta pro teu silêncio pleno e aumenta a música tocada pela décima vez dentro da tua cabeça´

giz de cera e luz de velas até que fizeram sentido...


quarta-feira, 7 de julho de 2010

de Bakunin

"Haverá, sem dúvida, menos sábios ilustres, mas ao mesmo tempo menos ignorantes. Já não haverá uns tantos homens que toquem o céu, mas ao contrário milhões de homens que em vez de estarem como hoje aviltados, esmagados, caminharão humanamente pela terra: Nada de semideuses, nada de escravos. Os semideuses e escravos se humanizarão ao mesmo tempo, uns abaixando um pouco, os outros subindo muito. Já não haverá, pois, lugar nem para a divinação, nem para o desprezo. Todos se darão as mãos, e, uma vez unidos, caminharão com novo ardor em direção a novas conquistas, iguais na ciência e na vida"

M. Bakunin