terça-feira, 26 de agosto de 2008

de Sá.

É como se a escuridão
não me fizesse sentir o frio.
o frio que passava entre o dedos do meu pé
e me tremiam até a cabeça.

A lua que tardou a sair
parecia uma noiva, enfeitando-se...
pra sair cheia.
cheia de luz, que...

....Clareou a branca areia
e todas as estrelas sumiram.

Todas as estrelas continuam lá,
a cair em formas cadentes...
mas a cheia lua iluminava ponta a ponta do mar.
E aí, revi as árvores.
peladas.

pois passaram estações
e eu nao estava lá.
não vi o vento derrubar cada folha de amendoeira,
não senti o rio secar.


e aí, ali, senti um estranho vento dentro de mim.

mas vamos buscar lenha...
Pois sem fogueira,
como ei de fazer pedidos pras estrelas cadentes?

Um comentário:

Gregor Samsa disse...

num mundo um pouco distante de Sá...


MIRA! O DESFILE VEM DE ONDE??
Infeliz surpresa... todos compartilham o mesmo processo.
Ter de desconversar quando lhes perguntam o próprio nome,
ter de desconfiar a cada sorriso amarelo.
Esta cria há de trabalhar
ôô se há...
Veio ao mundo desfilar pelas centrais, pelos centrões,
ser amassada nos vagões de uma Estácio qualquer,
chacoalhando no ritmo do cão.
Mas ela há de enxergar
ôô se há...
que sambar só se aprende do lado de cá,
malandragem contida um dia se vira...
...vira calando o sorridente do tal amarelo,
e de uma só vez ...
arranca toda a lama da sola do chinelo.