
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
domingo, 26 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Foi no bairro de Pinheiros
que eu me irritei por inteiro
com todos os carros que desciam a rebouças.
Eu entrei na Henrique Schauman
eu logo perdi a calma
virando na Teodoroeu falei: "assim não posso"
disseram-me "deixa disso!"
na Benedito Calixto
eu fiquei chorando à toa
na calçada da rua Lisboa
mas a sorte foi bacana
e na Cristiano Viana
vi um desenho contente
até a Capote Valente......
sexta-feira, 23 de julho de 2010
O futuro é mera hipótese.
O mundo rodopia e a vida subjetiva e metafísica ri de mim.
Mente bem longe do meu interior aguardando um chamado a se manifestar e dizer o que preciso ouvir.
Fios que me conduzem aqui, correm pra formar um som, para colorir e zomzear minha cabeça.
A paisagem permanece estática ao meu tempo;
Em meio esse exílio que é o silêncio, sem querer desconcerto meu corpo, embaraço minha mente, passando como tantos outros pensamentos rarefeitos que se embaralham num vento que quer me levar daqui.
Enquanto escuto meu silêncio bobo, minha desconexa fala, meus obtusos sentimentos, meu querer absurdo (supostamente um abuso), aos poucos desaprendo a ser tudo o que já fui; o que ora caminhava rumo-certo, viram cenas de um filme que eu ainda não vi.
Mas continuo cá,calada, erguendo toda uma vida sobre esses enormes pés calejados, esperando um vento que venha contra mim, derrubando esse corpo escorado num futuro hipotético.
Simplesmente rabiscando sem motivo, disfarçando um coração enlatado, caindo sobre mim letras do passado.
Estranho se sentir assim?Estranho é nunca ter se sentido assim, isso sim.
sábado, 17 de julho de 2010
luz de velas
quarta-feira, 7 de julho de 2010
de Bakunin
M. Bakunin
domingo, 28 de março de 2010
face do amor. Deixo a outros a ordem e a medida. Domina-me por completo a grande libertinagem da natureza e do mar.
Albert Camus
sábado, 17 de outubro de 2009
pensamento rarefeito
Minha garganta secou.
Sem piscar, senti meus olhos ficarem brancos, até que um vazio homogênio de sossego engolisse minhas angustias.
Procurei sem querer, palavras inaudíveis no oco da minha cabeça.
Coladas ali, asfixiaram-se ate os ecos do vento entrarem por portas e janelas abertas.
nuvem saindo pela boca.
pálidos dedos indescritíveis camuflados pela neblina,
que invadiam os poros de um corpo calmo que respirava nu e leve.
Sem som, sem traço.
desisti rapidamente de buscar sentido a oração alguma
e me afoguei profundamente num desconexo sonho real.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
tropeçando pelas bandas...

Lembro bem do dia em que falei em alto e bom tom que não voltaria tão cedo pra essa cidade.
E me diziam que ia sentir a falta daqui; pelo tão grande tamanho coberto de tantas coisas a fazer.
E caminhei sem nem espiar pra trás.
A garoa certa dos dias sempre frios pararam de atrapalhar meu bom humor de dias comuns.
Um emaranhado de gente tão igual no caminhar,
que olho algum perceberia sutis diferenças de ser em ser.
Sem querer tropecei por essas bandas novamente...
Garoando gelado, um constante vento passou o dia me cutucando.
Remoendo um oco sentimento por essas feias ruas.
Consumi tudo o que pouco trouxe...
Do dinheiro, ao bom humor.
Quero fugir daqui antes de ir embora.
quero o calor do meu coração de volta.
quero respirar um pouco de ar.
pra só assim meu humor poder voltar...
domingo, 6 de setembro de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
pescador de estrelas...
Olhos livres á sentir a brisa fresca dançar com os pedaços de nuvens.
boca salgada pela maresia, costas cansadas pela caminhada naquela montanha distante do mar...
Olhando pra aquele pôr-do-sol, para as ondas contra a luz, viu sua beleza e delicadeza. ...proporcionando um sentimento de extraordinário deleite...
A busca pelo silêncio ali alcançado une-se à sensibilidade repleta de liberdade.
E vai olhando o movimento do rio tão cheio de lua que continua correndo pro mar...
Se enluarando de felicidade!!
imensa cor púrpura do bom tempo;
Reflete uma suave melodia n´alma daqueles que vivem nesta harmonia.
Bonito é o compasso do silêncio rimando com os cantos da natureza!
remando leito abaixo
foi se desmanchando
virando peixe
virando concha
a se misturar à prateada areia
com a lua cheia
na imensidão do mar.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Soa o apito do moço no alto, arregalando os olhos a chibatar:
-Corram, Corram seus pobres infelizes,
tem mais horas pra trabalhar.
Estou com fome de dinheiro...
silêncio que vou descansar.....
Nesse dia pararam de trabalhar
E encheram o peito pra gritar:
-Fume de uma vez o cérebro do que resta dessa amargura carnavalesca que é morrer de penar.
E uma nuvem cobriu o sol que lascava o dia.
e parece que você anda sozinho...
Vi dezenas de pessoas morrerem por inanição, ficarem dias sem comer ou beber água, expostos ao tempo, feito bichos. O cheiro desse lugar é medonho. As chaminés despejavam uma fumaça acre de carne humana sendo queimada.
Mas continuo sob esse céu...muros, não posso pular.....pedras, não posso jogar....paredes não vão me escutar...paredes vazias de alguém. Minha casa é aqui? Minha terra é aqui?!? Muros, pedras, cercas, arames, farpados em farpas de gente.
Olhos saltados, mãos para o alto, estou na rua com fome, hei homem, não aponte esse dedo assim sem quê nem pra quê, não atire em mim, porque? Preciso sonhar...não atire é o fim! Mas o que restou das lembranças...hei homem, o que sobrou das esperanças? No centro vim morar pra perto da cidade ficar, mas o que aconteceu?; a cidade mais longe de mim ficou!!!!queria gente, gente, e entrei nessa guerra fria, eles passam pra lá e pra cá, e eu continuo aqui...e parece que você anda sozinho numa cidade de vinte milhões de habitantes e ninguém tem um lenço pra você....
terça-feira, 4 de agosto de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
de Mario Quintana
E esquece...
Nada convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
auto-reflexo
Pode até inutilmente fechar as pálpebras que cobrem teus olhos, que elas tratam de refletir tantas imagens em seu pensamento que quanto mais esforço faz para tentar por horas apagá-las, mais longe as imagens deslizam, emaranhando-as numa muda teia, dentro de si. Teia essa tecida por ti, a cada célula que se renova.
Cabe entrar
Atento aos prazeres que cabem somente no reflexo de você.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
Recortes mudos.
No papel revelam com clareza a agonia dos suspiros silenciados.
Pálido é o cheiro das palavras mortas.
E a ausência de gritos sufoca velhos encantos.
Ao apertar os olhos sinto o orvalho frio enferrujar as rugas talhadas pelo calor infernal dos raios.
Vejo o gosto do orvalho se destruir ao impactar bruscamente com a terra seca que pesam meus pés.
Esvaeceu certo prazer de mim pra alguma direção sem sentido algum.
Vejo-me numa espontaneidade premeditada.
Onde com leve rispidez meu corpo se fantasia num misterioso esconder de sensações prazerosas.
Disfarço na multidão verdades somente vistas dentro de paredes vazias de outro alguém.
A borda de uma terra lotada perde a fértil beleza quando um forte vento leva ao longe as folhas caídas das poucas árvores quaisquer.
O fogo das matas sufoca o silêncio dos inocentes...
E aquece meu prazer lascivo em percorrer os dedos e as mãos pela pele macia no meu pensamento.
Pela janela entra a brisa embaralhando meus recortes...
Palavras acumuladas de pó como migalhas caídas ao chão.
Compô-las requer maturação muda.
Meticulosamente retiro o pó da razão.
Decompõe-se a emoção.
Cautelosamente espero a sinceridade penetrar meus seios nus.
Ler-te as palavras num ritmo de soluçar lhe confundiria a razão.
Colo pedaços de sol num dia chuvoso...
As estrelas caducas riscam o céu limpo.
Ouço o riso da flor que desabrocha sem espinhos.
Sigo o rastro de aroma da noite...
Até a iluminação do ambiente parece diferente só pra me provocar.
O som se torna distante
Me pego perdido divagando
E quando tento decifrar meus pensamentos.
Já se foram. Perderam-se num mundo desconexo sem sentido.
Mas assim, sinto-me vivo. Pela incerteza da busca por sei lá o que.
Querer romper as pré-idéias a mim concebidas
Prisões falsas do passado.
Padeço a alegria fruto da presença.
Apego a tristeza oriunda da distância.
A saudade da criança.
Como qualquer cão sem coleira.
Fareja a vida...
sem rumo nem beira.
terça-feira, 7 de abril de 2009
-Mundo-Cão- dos deserdados
(o amanhã sem fé?)
pé de chinelo.pé no chão.
bicho de pé. ração da ralé.
Da mesma forma que
as condições se modificam,
o homem também se modifica´
café requentado.
(rápidos engolem fast-food)
generosos visam
as crescentes flutuações do câmbio.
enquanto o não-farto
requenta o pão-quarto
com salame (se come)
e sonhando dorme.
a moenda esmaga
a cana plantada
em terra de gerente,
capitães, banqueiros
sultões...
meus pêsames
ao pequeno mundo
de tantos cidadãos-menos.
gado-gente. sub-servis.
ônus. o povo sem lugar marcado na economia do mercado.
o muro
escorrega pra direita
esmaga a polícia
des (conversa).
gerir sozinho a si?
nessa rua não anda auto,
dêem as mãos aos desempregados.
de pé. vá a pé.
o problema é mais em cima.
é de cunjuntura.
converse socialmente
( não sobre o social),
deixa isso pra estatística.
um mundo que simplesmente nada mude.
que dure pra sempre
onde nada dura.
só os duros guetos
sem-saída.
-mundo cão-dos deserdados
deus-sistema exclui o mundo dos coitados.
quinta-feira, 26 de março de 2009
a esteira
Dia-a-dia se entorpece na real existência.
Um sistema de opções, opções, opções....
E a escolha?
Restringido à um único Universo.
NADA PARALELO!!!
Marcados, os mercados deTERMINAM a hora da sua morte!
Lhe oferecem o que consumir...
Em inúmeras opções: cor-de-rosa,de-laranja, de verde limão...
Diversos padrões a escolher...
Sintaxe a vontade...
Qual o gosto da tua individualidade?
- Que não seja só sua... esta está em falta no mercado!!!!
De individualista, aqui, só o discurso....
Personalizado... só pra você!
Que é diferente!!
O melhor!
O mais bonito!
O mais inteligente!!
Suba aqui e junte-se ao teu grupo preferido!
Escolha um rótulo....
Um símbolo...
Passe na esteira e SEJA DIFERENTE!!!
Assim como nós!
Aqui, você é o produto livre pra sair no seu mercado!!!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Tem dia que o vento não curva e o tempo não muda.
Desviei poças de suor e mijo esparramadas pelo chão.
Não pude nem olhar o sol, porque a ardência penetrava minha impaciência.
E sorrindo por fora, desgostava o que os olhos abertos sentiam.
Por instantes, me senti capacitada de entender todas os movimentos ao redor de mim.
Aflitamente liguei as vidas ao meu redor como um jogo de pontos, onde os traços facilmente se juntam, formando uma imagem certa.
Sem nuvens, a chuva não me traria refresco como em dias atrás.
Sentia a garganta seca arranhando meu pensamento.
Fui procurando traços, relacionando os fatos. Sentia o lixo esmagado no meu sapato.
Reparei em alguns pés, desviei os olhares de súplica nos becos e fui me sentindo mal por tropeçar em tantos vivos.
Olhei pra dentro, e me despi daquele vício.
Não queria pensar em nada, sentia meu corpo uma migalha em que os pombos rapidamente devorariam.
Peguei um ou outro olhar seco derretendo meu corpo.
E meu raciocínio parou.
O calor derreteu meu caminho, derreteu minha boca, fez dos meus olhos um feixe de luz que penetrou nas pulgas daquele cão faminto que me seguia a horas.
O cão comia as migalhas que caiam de mim... Meus cabelos se desfazendo...minha memória se apagando...meus desejos irrealizáveis naquele momento.
E aí vi que todo mundo dobra todo meio dia na mesma esquina.
Mas hoje eu me perdi...
Reparei tanto nas pedras do chão...
Que passei pra lá do meio dia em vão...
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Franz Kafka
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
te chama pra sair.
Assim como a lua que acaba de se desprender do outro lado do mundo até aqui.
brilha solta, que nem ébrios esparramados pelos lixos urbanos.
Levemente as nuvens vão estancando cada som ensurdecedor que o vento insiste em trazer.
Teus olhos não enchergam cada esbarrão que teu tropeço causa.
Mulas de pé saciam os olhos em cada saltitar de tamborins.
As luzes berram aos ouvidos de nossos pés, que não param de dançar.
Mexem-se sem pensar.
O ano mal começou, desprenda-se, a festa apenas começou!!
Ta aí o ébrio som da diversão; tantos copos na mão.
recicla o ano todo.
`dê-me um beijo em tua mão´
Fuja.sem precisar resistir.
esparrame-se profundamente por essa superficialidade.
acompanhe o maestro..
Já são meia dúzia de três ou quatro horas.
brincadeira sem fim.
teus pés rimam com teus braços cruzados.
O vento quebra teu copo por dentro;e acorda da brincadeira que nada é sofrimento.
tropeça no bêbado,chora por dentro...
..Vai pra casa remando enquanto ainda tem lua no vento...
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
te inventarei
por mais sinceras que parecam;
que sejam
as tuas
(as minhas)
palavras.
mesmo te vendo nu;
transparente e puro.
eu te inventarei.
te inventarei dentro dos meus olhos
de meus mais loucos sonhos.
por toda a minha muda vida
a cada tua oscilação de humor
te inventarei.
te amarei
assim sinceramente.
por mais meia lua que seja
mais brilhantes estrelas que estejam no nosso céu,
por mais que elas descam e dançem
e por mais que eu cante as musicas que você não queira ouvir
inventarei você e eu
sinceramente em palavras
nos atos de cada amor
no puro ar de cada silêncio
devagar, entendendo que o amor é inteiro.
meia lua, meio dia...tudo por inteiro.
o amor é seu,
sou eu
que ama você inteiro.
te inventarei
a cada sofrido acordar sem cor
a cada alivio ao deitar sem dor
mesmo que em um dia,não (me) queiras
mesmo que não (me) desejes
te desenharei
nas situações em que estiveres presente
nos tristes momentos de tua ausência
no silêncio estúpido de quem engole a dúvida
na falação inócua das discussões banais
eu te inventarei.
desde que nasci em ti
durante todo meu existir
em ti
sériamente feliz.
pois no mundo
a mentira pode ser tão bela
e necessária quanto a arte
aqui na terra,
assim como o homem fez com deus...
eu te inventarei
mas não o faço
-nem nunca farei-
nem mentir por bem.
pois em mim,
já és perfeito assim
por ser si só.
em ti
e por isso mesmo
pelas características da tua personalidade
por mais interinstigante que seja(e é) tua realidade
com um pouco de egoísmo
forma de defesa pingo de vaidade
por todos os motivos que já não sei dizer
amo você
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
A ponte é aonde chove o rio embaixo dela.
Ainda fim do sol
Que bate na mão da menina,
Que alivia o dia sentindo o vento
que arrasta a nuvem grande
abrindo espaço pra luz deitar no chão do mar.
É bonito o sorriso do dia;
Ver miúda a cidade grande
Cada vez mais pequenininha
Vendo de longe a tal casinha.
Correndo por cima da ponte,
Bonita a ida de dia.
A ponte vem de noite,
Fim do dia.
Sorriso da menina
Crescendo com a cidade que vê
Chegando de volta ,
Sentindo o vento frio batendo
Na mão que busca somente silêncio.
Toda a montanha que ta escura
É bonita por ser floresta.
Mas bonito é ver a montanha de longe
Brilhando cada lampadinha
Iluminando a cidade ainda pequenininha.
E a mão vai estirando
buscando cada estrela que ta brilhando...
E quando acaba a ponte
Fica triste a menina.
Acabou mais um dia...
Fecha os olhos e ri,
Lembra da ponte de dia....
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Sem nos esquecermos dos prazeres que nos envolta, assistimos a carne embrutecer ao som de músicas silenciosas. Uma dança, em que a cada ruflar de pés, a poeira levanta, escondendo emcabuladamente qualquer sorriso, capaz de sensibilizar as forças interiores.
Os vermes, crescem, com clareza e enraivecem a cada grito de ordem...gritam para que se construam muros; Mal sabem, que seus dias estão contados...pois há quem baile diferente, há que sussurre gritos contrários para a destruição...um dia...cada verme amanhecerá preso em sua própria porta, e sangrando, não lembrão que atiraram suas chaves ao curso do esgoto, com medo que alguém os tirasse de lá.
os muros, cairão...e todos os vermes dormirão eternamente no inferno.
domingo, 4 de janeiro de 2009
tratamientos para el fin de la má educacion
Todos los hijos hay que saber de eso, pero son millones, nascidos de tantas bocas mudas, hijos de tantos padres ciegos,que ni adentro de las florestas,ellos aprenden a sentir los más magníficos habitos que las frescuras de sus bosques tratam de traer...
Tratemos, nosotros, de nunca desarmonizar la naturaleza...para podermos sentir da libertad que el odor del cultivo trae en nuestros corazones.
Llevemos para los chicos urbanos, la importancia de conocer el solo que pisamos, el rio que nos bañamos, los vecinos que viven en nuestros lados...Llevemos ellos a los campos, para mostrarlos como lá tierra roja embebece el água distintamente como aprenden en las classes sobre rios lejos que secan por la devastacion de esta eterna ambicion animalesca...
Mostremos a los chicos rurales como lás árboles que ellos plantam, tratam de tornar la brincadera en los rios, más hermosa...tratemos nosostros, de unir el mundo...transformando toda la tierra un cultivo por igual..
Adonde los animales, no tengam que sofrer...y los animales humanos...tratem de viver...en unida felicidad.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
ergáustulo inconsciente
Chego a imaginar que quem calculou laboriosamente essa contrução não ocorreu que eu estaria aqui, pois ao contrário, me possibilitaria uma saída instantânea. Não enchergo mais ninguém, e o cheiro desesperador é o que me há de mais prazeroso.
Há um muro fortemente construído para que ninguém mais esteja aqui e como é certa a minha morte, apenas após decomposição da carne seria possível outro; Mas que apenas me substituiria, pois agora, estou eu aqui e minha alma vagante, não tem saída, assombrará eternamente esse silecioso e comprimido ar.
Não vejo necessidade de me esquivar daqueles olhares de suplica que passam apressados pelos becos; pois não os vejo mais.Aqui só há ausencia de medo. Nem percevejos, nem libélulas.
Não há fortes ventos, pois os muros tratam de cessa-los; Nem o medo da prazerosa solidão me corroe nos instantes de nostalgia... Pois por aqui,me sinto em plena e absoluta liberdade de exprimir meu pensamento sobre todas as coisas. Regularmente me assusto e saio do sono profundo; fico escutando o silêncio que aqui reina inalterado, dia e noite.
Não estranho diminuir o tamanho ao passar do tempo e nem penso se é o muro que tem aumentado os tijolos... que importancia me faria se as paredes crescescem? Mais proteção me daria, e mais paz reinaria entre um conchilo e o sono inconscientes.
Sem calcular estratégias para saída, ouvi um dia uma luz, rastejei-me disconcertantente tentanto ler novos pensamentos que refletiam em mim. Hipoteses, apenas. A ausência de cores, deteu meus olhos ao nada imobilizados atrás da minha limitada conciencia;
Talvez, seja essa a clareza de minha morte.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
domingo, 2 de novembro de 2008
A Vista
[Arnaldo Antunes]
Reforma.
grandes malas.
Eles eram grandes e suas malas cheias.
A viagem, de certo não era de ida.
A viagem era de estada;
uma longa estada que acabava de começar.
Das malas velhas coisas novas pra cá.
Que a estada não seja breve
e que a humildade que circunda nossas paredes
não os incomode jamais.
sábado, 1 de novembro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
...os pés atentos por saber, que se a pedra escorrega, cuidado: de bunda no mato, e não vai ter ninguém pra ver; Então quieta! tem formiga subindo te dando belisco. Suspira e acalma. O sol ta querendo entrar...então olha devagar...
...testa o medo dessa solidão; é suave a brisa que movimenta esse riacho e a mágica ta em tudo ser beleza; não descrevo...mas eternamente naquele instante de luz, embriago a alma com um silêncio arrebatador, daqueles que nem os mais sábios saberiam calcular;
...Como colorir fruta no pé...ou notar os pequenos ossos das borboletas.
...Compartilhemos a terra com o coração dos que se tornam menos sábios; por esconder que a única felicidade é naturalmente a contemplação de construir um riacho que escurece mais tarde todos os dias de verão....
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
questão de vestibular
Vi ontem um bicho
na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos
Quando achava alguma coisa
Não examinava nem cheirava
Engolia com voracidade
O bicho não era um cão
Não era um gato
Não era um rato
O bicho, meu Deus, era um homem.
[Manuel Bandeira]
interpretação do texto:
1. A que problema o autor se refere no texto:
a) Contra-bando de animais
b) A fome
c) Devastação de florestas
d) Falta de saneamento básico
e) Alcoolismo
domingo, 19 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Fila única
Tá vindo dos céus, das cegonhas, das abóboras um bando de seres destinados a beirar esse abismo eternamente; humanos-seres impossibilitados de germinal uma só grande idéia.
Sâo vendados, empurrados para que sigam em extensas filas rumo um buraco qualquer.
Não se aflingem, nem se cansam de ficar em pé, vivem o ontem, vivem o hoje e nem cogitam um amanhã.
Aguardam estáticos sempre atrás de alguém; nunca andam para a frente...
O único medo é o de olhar as enferrujadas correntes que atam os pés pois um tropeço basta, para que a fila inteira caia.
No fim do buraco, há um amontoado de carne; comida de urubu;
As correntes são rapidamente recolhidas, antes que as cegonhas jogem de novo outros tantos seguidores de fila. A mesma podre fila rumo o eco da desordem de um buraco negro qualquer...
sábado, 11 de outubro de 2008
É preciso notar que, no momento em que o polícia lhe dá a caixa, ela está invadida por uma emoção extraordinária, que a isola completamente de tudo. Ela está como que subjugada pelos ecos de uma longínqua música religiosa: talvés uma música ouvida em sua mais tenra infância.O público, satisfeita a curiosidade, começa a se dispersar em todas direções.Essa cena é vista pelas personagens que deixamos no quarto do terceiro andar. Vêmo-las através dos vidros do balcão, de onde se pode ver o fim da cena acima descrita. Quando o agente entrega a caixa à moça, as duas personagens do balcão parecem, também elas, invadidas pela mesma emoção, emoção que chega até às lágrimas. Suas cabeças balançam como se seguissem o ritmo daquela música impalpável.A personagem olha a moça e faz-lhe um gesto que parece significar: "Viste? Não te disse?".Ela olha novamente na rua a moça que agora está só, como que pregada no chão, em estado de inibição absoluta. Passam autos em velocidades vertiginosas. De repente, um deles passa por cima dela, mutilando-a terrivelmente.[...] ( O cão Andaluz)
paranóia crítica
Tens a chave de suas jaulas em mãos
(e sem dominar teu saber), sabe disso;
mas mantem-se ali por puro medo.
Saiba homem prisioneiro:
- Basta fechar os olhos daí de dentro de tua gaiola;
para que tenha o poder de explodir um mundo-inteiro.
No entanto, abandonado confortavelmente nas poltronas de sua sala escura,
deslumbra-se pela luz e pelo movimento;
que quase hipnotizam .
Os rosto humanos (iguais ao teu) fascinam-te a ponto de alegrar-se pela bruta mudança de ambientes.
Tua desgraça faz que aceite os lugares comuns mais depreciados.
Espectador dos seres e de coisas concretas:
-Isóla-te em seu habitat psíquico, que assim, quase adormece graças ao silêncio da escuridão.
Êxtase!!! Nenhuma outra expressão humana melhor define essa vergonha.
Mas melhor que qualquer coisa, esse estado é capaz de embrutecê-lo.
Tuas portas dominam tuas entradas. Caluniam para teus ouvidos; escondem as chaves; mudam as fechaduras;
Nem se quisesse se libertar.
(Mas não quer!!!)
Elas sofrem para ter grande cuidado em não perturbar tua tranqüilidade.
Deixando fechada a maravilhosa janela da tela sobre o mundo libertador da poesia.
Optam por fazê-lo refletir parcialmente os argumentos que podem compor uma continuação dessa nossa vida comum ( repetindo mil vezes o mesmo drama ou fazendo esquecer as horas penosas do trabalho diário.)!
Tudo isso, naturalmente,
ratificado pela moral habitual,
pela censura governamental e internacional,
pela religião,
dominado pelo bom-gosto e temperado humor branco;
entre imperativos prosaicos da nossa realidade.
Fantástico! O que há de mais admirável aqui?!
É sentir que a vida subconsciente,
penetra as raízes tão profundamente em poesia?
Coisas...
...Aparecem e desaparecem por intermédio de fusões;
O tempo e o espaço tornam-se flexíveis, retraem-se ou distendem-se à vontade;
a ordem cronológica e os valores de duração não correspondem mais àquilo real;
os movimentos aceleram todos os teus atrasos.
e subconscientemente, não sabe mais o que são as cores.
Aí está o fantástico. Ele não existe: tudo é real!
Oh frágil escravo da condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo..
O melhor instrumento para exprimir o mundo dos sonhos, das emoções e do instinto...
O mecanismo criador de imagens cinematográficas é, por funcionamento,
O que entre todos os meios de expressão humana, lembra melhor o trabalho do espírito durante o sono.
O filme parece uma imitação involuntária do sonho.
Surgindo todas às vezes que a imaginação se manifesta livremente; sem a trava do espírito crítico.
O que vale é o impulso psíquico no ponto onde a razão humana perde o controle!
Porque cada um verte uma dose de afetividade sobre o que olha e ninguém vê as coisas como elas são; mas como teus desejos e seu estado de alma o fazem ver.
De minha parte, eu luto pelo cinema a.(i).[su].rreal,
porque esse cinema me dará visão integral da realidade,
aumentará meu conhecimento das coisas e dos seres,
me abrirá o mundo maravilhoso do desconhecido,
de tudo o que não encontro na imprensa diária ou na rua.
Aqui proponho a restauração dos sentimentos humanos
e do instinto como ponto de partida para uma nova linguagem.
Prego a destruição dessa sociedade em que vivemos
e a criação de uma nova, a ser organizada em outras bases.
Dessa forma, pretendo atingir uma outra realidade,
situada no plano do subconsciente e do inconsciente.
A fantasia,
os estados de tristeza
e a melancolia
exercem grande atração nessa linguagem...
seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira,
vamos
Revolucionar esse romantismo bucólico;
destruir a representação convencional da natureza dessas relações medíocres;
quebrar o otimismo do mundo burguês ;
e fazer com que tantas almas presas duvidem da perenidade da ordem existente,
ainda que não tome ostensivamente partido algum.
Será que o sonho não pode ser também aplicado à solução das questões fundamentais da vida?
Na Primavera [...]
Tudo está mudado. Agora, vê-se um deserto sem fim. Plantados no centro, enterrados na areia até o peito, vê-se a personagem principal e a moça, cegos, as roupas esfarrapadas, devorados pelos raios de sol e por uma nuvem de insetos [...]
sábado, 4 de outubro de 2008
desenho em branco e preto.

...9 de abril
...1915
Depois de vários dias de dor de cabeça constante, por fim me sinto um pouco mais livre e confiante. Se eu fosse outro, que me comtempla de fora e vê o curso de minha vida, diria certamente que tudo isto deve terminar em nada, consumir-se em uma dúvida incessante que apenas posso inventar mortificações. Mas em meu caráter de parte interessada, continuo esperando.
Franz Kafka(DIÁRIOS)
terça-feira, 23 de setembro de 2008
escorregam por entre as vozes de um mundo barulhento....
me agonizando...
tão querendo sair gritadas....
querendo sair trocadas..
brigadas...
as palvras estão embaralhadas..
e me fazendo trocar as pernas...
me fazendo errar os caminhos..
me fazendo mudar de idéias...
fazendo chorar.
e gargalhar...
até perder as palavras...
até não mais achá-las...
nem mais enchergá-las..
e ficar em silêncio...
profundo...
daqueles que só os mais prazerosos momentos podem pensar em nos trazer...
-´Nem as perguntas que fazemos ao mundo ou ainda as tolas respostas que receitamos aos ouvintes fantasmas de nossos sonhos fazem sentido agora. A beleza deste momento está na poesia de ficar em silêncio num mundo de sons emburrecedores, como quem cria nos ares de uma noite de verão e dorme docemente com as janelas abertas no murmúrio leviano dos dias ensolarados. `
- Já não me cabe mais uma beleza qualquer.
Não me completa mais apenas uma linda poesia...
Os sons emburrecedores querem sair de mim e me sinto incapaz, agora, de silenciar-me diante estas surdas crianças que fecham os olhos para não se queimar nessa noite ensolarada.
Essas crianças... tropeçam em suas próprias palavras....em seus próprios desenhos...lutam pela beleza desse momento..mas esqueçem de olhar nos olhos daqueles que estendem as mãos pedindo apenas que nossas lutas lhes tragam calor...e que lhes encham a barriga de um silencio emburrecedor...
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Este texto não prega a imobilidade!! caso você interprete mal...
(retirado do blog: amortedegregorsamsa.blogspot.com.br)
sábado, 13 de setembro de 2008
Alice no país dos espelhos
Elasticojentos no eirado giravam;
Miserágeis perfuram os Esfregachugos
E os verdes Porcalhos ircasa arrobiavam"....
sábado, 30 de agosto de 2008
Entrefácios de tutaméia.

“Por que João Sorria
Se lhe perguntavam
Que mistério é êsse?
E propondo desenhos figurava
Menos a resposta que
Outra questão ao perguntante? (...) ”
(Carlos Drummond de Andrade)
Sobre os marginalizados,
Precários de existência
É que os contos de Terceiras Estórias falam.
O primeiro deles vem da parábola
que diz que o pior cego é aquele que não quer ver.
E sem poder tirar uma palavra do lugar
Um homem da cidade se defende
pois é acusado de assassinar o cego o qual era guia.
"– E o senhor quer me levar, distante, às cidades? Delongo. Tudo para mim, é viagem de volta. Em qualquer ofício, não; o que eu até hoje tive, de que meio entendo e gosto, é ser guia de cego: esforço destino que me praz. E vão me deixar ir? Em dês que o meu cego seô Tomé se passou, me vexam, por mim puxam, desconfiam discorrendo. Terra de injustiça (p. 41)."
A doçura está no vezo de palavrear.
E nessas estórias, as palavras são tristes.
Um painel de tutaméia, ninharia, quase nada,
nonada, baga, ninha, inâninas, ossos de borboleta....
entre contos estão os préfácios
como um teatro
onde todos os artistas estão do mesmo papel.
Mas isso não passa de uma anedota de abstração.
'Vou para guia de cegos, servo de dono cego, vagavaz, habitual no diferente, com senhor.
Seô Desconhecido'.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
de Sá.
não me fizesse sentir o frio.
o frio que passava entre o dedos do meu pé
e me tremiam até a cabeça.
A lua que tardou a sair
parecia uma noiva, enfeitando-se...
pra sair cheia.
cheia de luz, que...
....Clareou a branca areia
e todas as estrelas sumiram.
Todas as estrelas continuam lá,
a cair em formas cadentes...
mas a cheia lua iluminava ponta a ponta do mar.
E aí, revi as árvores.
peladas.
pois passaram estações
e eu nao estava lá.
não vi o vento derrubar cada folha de amendoeira,
não senti o rio secar.
e aí, ali, senti um estranho vento dentro de mim.
mas vamos buscar lenha...
Pois sem fogueira,
como ei de fazer pedidos pras estrelas cadentes?
sábado, 16 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)
Charles Chaplin
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
A Coisa
Mario Quintana
domingo, 10 de agosto de 2008
os repolhos, as crianças e as perguntas.
O que é um repolho,
Antes de suas bochechas se rozarem, abrirá um sorrisão e dirá que não sabe o que é .
E se pedir pra que ela desenhe um repolho
talvéz os faça em árvores,
ou então, algo pouco parecido com os repolhos de verdade...
Ao meu sentir, quando uma criança silencia após uma pergunta...
é porque sabe demais sobre o assunto
e nem os desenhos saberiam responder...
Estudar, praticar e difundir Agroecologia
Agro.Eco.Logia - parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=-MGEYxoKBPc
Agro.Eco.Logia - parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=z3eoPMBibcI
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
- E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
- Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
- Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
-É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
- O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo
PÓS-ESCRITO
sobre as palavras:
"O mais seguro é usar as usadas, não sem um certo perigo cunham-se novas. Porque, aceitas, pouco louvor ao estilo acrescentam, e, rejeitadas, dão em farsa. Ousemos, contudo; pois, como Cícero diz: mesmo aquelas que a princípio parecem duras, vão com o uso amolecendo."
(tutaméia-terceiras estórias- Guimaraens Rosa)